Mariza - 'Chuva'
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Mariza - 'Chuva'


Mariza, por José Goulão

Quarta começada, semana acabada!... Não desespere... pense no fim de semana. Psttt... deixe lá ....., agora relaxe com...

Mariza... Marisa dos Reis Nunes nasceu na freguesia de Nossa Senhora da Conceição, em 16 de Dezembro de 1973, na antiga Lourenço Marques, à época capital da província ultramarina portuguesa de Moçambique. É filha de pai português, José Brandão Nunes, e mãe moçambicana, Isabel Nunes.

Durante o êxodo das famílias portuguesas nas antigas colónias ultramarinas portuguesas, o pai abandonou Moçambique com a família mais chegada, escolhendo Lisboa para recomeçar uma nova vida. Instalaram-se em Corroios e mais tarde no nº 22 da Travessa dos Lagares, na Mouraria.

Em 1979 reabriram o restaurante Zalala no bairro típico de Lisboa, Mouraria, berço do fado e frequentado por inúmeros fadistas de referência, como Fernando Maurício e Artur Batalha bem como Alfredo Marceneiro Jr, filho de Alfredo Marceneiro, que levou Mariza com 7 anos a cantar pela primeira vez num ambiente profissional na Casa de Fado Adega Machado. Zalala, hoje fechado, o restaurante onde Mariza cresceu, foi assim nomeado em homenagem a uma praia moçambicana.

Até se assumir como fadista cantou diversos géneros musicais como, pop, gospel, soul e jazz. Na época, não caía bem entre os amigos dizer que um dos seus hobbies era cantar fado. Formou com alguns amigos uma banda de covers de nome Vinyl, e costumavam cantar no bar Xafarix, em Lisboa. Mais tarde formou os Funkytown.

2001 foi o ano em que Mariza editou o seu primeiro álbum, Fado em Mim, primeiro em Portugal e depois em 32 paises. Entre as principais faixas do disco encontram-se Chuva, Ó Gente da Minha Terra e Oiça lá ó senhor vinho.

Deu os primeiros concertos fora de Portugal através de convites de vários teatros e salas. Apresentou o seu disco no Central Park de Nova Iorque e no Hollywood Bowl de Los Angeles, mas numa entrevista referiu ter gostado mais do espectáculo que deu no grande auditório do New Jersey Performing Arts Center, por ser um espaço mais pequeno e intimista.

Mariza é hoje, indubitavelmente, a fadista mais reconhecida do fado contemporâneo, e reúne pelo menos três das características que Amália teve, e que muito impulsionaram o seu sucesso: ser proveniente de um bairro típico de Lisboa, ter uma excelente voz e a dramatização das suas interpretações. E Mariza conheceu a música de Amália já relativamente tarde, já que o pai só tinha o hábito de ouvir fadistas masculinos em casa. Acusada de explorar negativamente o repertório mais célebre de Amália, é inquestionável que Mariza revitalizou essas canções, colocando de novo o fado na ribalta, algo que não se via ainda na década de noventa. Para além disso, colocou o fado no topo da world music, levando-o aos mais ilustres palcos, como a Sala Kongresowa, em Varsóvia, a Ópera de Sydney e o Carnegie Hall, e colocando-o no top nacional de vendas da Finlândia e Holanda, algo impensável até à altura.

Mariza faz, cada vez mais, um fado muito autêntico e muito próprio, sendo considerada o expoente do fado experimental. Representa, além de tudo, um virar de página no Fado.

Fonte: Wikipédia








Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
Chuva

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade







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