Artes Visuales
Breve História do Preservativo
Jovens deste país, eu sei que a paixão é inimiga da calma e serenidade, mas façam um esforço. Usar preservativo é preciso! É urgente. Tem que se usar sempre, mesmo que a relação sexual seja com a(o) namoradinha(o), ou algum longo amor que já dura há dois meses. Se o fizerem estão não só a prevenir doenças que poderão ser muito graves, como a SIDA, mas também pequenas maleitas extremamente incomodativas e irritantes, além, claro, de uma gravidez indesejada. Portanto não tenham medo nem vergonha, eles estão nos centros de saúde à borla, é só ir lá buscar. Ninguém vai fazer juízos sobre o vosso pedido, ou pedir explicações.
Claro que, esta conversa, serve também para os menos jovens que insistem em avaliar a segurança da relação sexual, pelo aspecto e comportamento social dos(as) companheiros(as). Errado!! Não são só os grupos de risco que estão sujeitos a doenças sexualmente transmissíveis. Todos nós estamos. Sejam elas mais ou menos graves. E já agora, não se esqueçam dos bebés que não querem ter…
Outra coisa…vocês sabiam que o preservativo, vulgo Camisa de Vénus ou Camisinha, é um objecto de protecção muito antigo?
A primeira referência ao preservativo aparece na mitologia grega, em 1600 a.C. Conta a lenda que durante o reinado do Rei Mirtos, em Creta, se usavam bexigas de peixes para proteger o pénis e evitar a concepção. Mirtos, homem volúvel e infiel, foi amaldiçoado pela sua mulher, Pasiphe, e passou a ejacular serpentes e escorpiões (possivelmente, o símbolo das doenças venéreas). A sua amante Prócris, apaixonada pelo Rei, não queria perder o seu amor nem adoecer por causa da maldição de Pasiphe, passou então, ela própria, a usar uma bexiga de cabra nos seus encontros com Mirtos. E assim terá nascido o primeiro preservativo feminino.
Foram encontrados em alguns túmulos do Templo de Karnak, no Egipto, artefactos muito semelhantes aos preservativos actuais. Porém, desconhece-se se já tinham objectivos contraceptivos ou se serviriam apenas para proteger os órgãos genitais masculinos de acidentes ou ainda, se eram destinados a rituais.
Durante o Império Romano ter-se-ão começado a usar a pele e os intestinos de animais para fabricar preservativos.
A primeira evidência na Europa Ocidental, apareceu nas paredes da caverna de Combarelles, em França, entre 200 e 100 a.C. Nessa época a Europa era habitada por povos celtas, semi-nómadas, que ainda alternavam a sua estrutura social entre o matriarcado e patriarcado, é possível que esses preservativos tenham tido uma função anticoncepcional. No entanto também pode ter servido apenas para rituais sagrados.
Na Idade Média, o preservativo continuou a ser utilizado. Durante o apogeu da cristandade parece não ter havido qualquer proibição eclesiástica em relação ao uso de métodos contraceptivos. Na China, dominavam os invólucros de papel de seda embebidos em óleo. No Japão, usavam-se carapaças de tartaruga e cornos de animais para fabricar os preservativos.
Tudo mudou com a sífilis. Em finais do século XV a doença apareceu na Europa após os Descobrimentos e disseminou-se depois da guerra de Nápoles, em 1495. Falloppio, médico italiano, em meados do séc. XVI, criou uma bainha de linho para proteger a glande do pénis. Testou a técnica em 1100 homens e nenhum foi contaminado com sífilis. Tinha nascido o primeiro preservativo moderno. Esta descoberta provocou uma reacção imediata da Igreja. Em 1605, o teólogo católico Leonardus Lessius considerou "imoral" a invenção de Falloppio. Mas já nada fez parar a proliferação das Camisas de Vénus.
Em 1712, a cidade holandesa de Utrecht foi sede de uma conferência internacional para a assinatura de um acordo de paz. O evento juntou a elite da burguesia europeia e atraiu também um grupo de damas menos nobres, infectadas com sífilis e outras doenças venéreas. A propagação das doenças assumia contornos assustadores e um criativo artesão decidiu usar o intestino grosso de carneiros para fabricar um novo género de preservativos. O artefacto fez tanto sucesso que, em finais do século XVIII, as casas de prostituição parisienses já faziam publicidade ao “ao sexo seguro”.
O preservativo passou a ser o companheiro inseparável dos amantes profissionais como Casanova e marquês de Sade. Estes preservativos eram reutilizáveis depois de esterilizados e lubrificados com uma solução de mercúrio. No início do século XVIII, os preservativos eram vendidos em mercados, cafés, barbearias e farmácias nas principais capitais da Europa. Só em 1839, quando surge a borracha, invento de Charles Goodyear, surgiram os primeiros preservativos de borracha que, em 1930, evoluíram para o látex, mais fino e elástico.
Cerca de 10,4 mil milhões de preservativos são usados anualmente em todo o mundo. A ONU calcula que os países em vias de desenvolvimento necessitarão de cerca de 18 mil milhões para impedir o avanço galopante da sida.
Como será o preservativo do século XXI? Investigações científicas estão a testar preservativos em gel e em spray. O objectivo é manter as suas propriedades de barreira e diminuir a intrusão na relação sexual. Seguramente, muito mais práticos do que a carapaça de uma tartaruga.
Fonte: Wikipédia
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