O Shunga ou o Erotismo Japonês
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O Shunga ou o Erotismo Japonês



Desde a antiguidade até aos nossos dias, a sexualidade e o erotismo têm sido inesgotáveis fontes de inspiração para pintores, escritores, poetas e escultores. Os artistas imortalizam o prazer com os seus lápis e pincéis colorindo o erotismo e o sexo com as cores da sua imaginação.


Do Japão chega até nós a “imagem da Primavera” tradução da palavra Shunga, que mais não é do que um delicados desenho erótico. Estes desenhos, feitos para as classes sociais altas, tiveram o seu apogeu no período Edo, entre 1600 e 1868. Eles eram feitos em livros ou gravados na madeira, chegando a atingir elevados graus de sofisticação. Eram elaborados para estimulação sexual entre os adultos de classes sociais altas, mas também para iniciação e aprendizagem dos jovens, no que diz respeito ao comportamento sexual e higiene. Estas são talvez as primeiras imagens que poderemos considerar pornográficas.


História

O Shunga japonês foi buscar as suas origens à China, onde desenhos eróticos idênticos poderão ser vistos em manuais médicos do período Muromachi (1336-1573). Em 1661 as autoridades japonesas proibiram a produção destas imagens, consideradas imorais, mas foi apenas em 1722 que, uma rígida legislação, fazem passar os Shunga definitivamente à clandestinidade.

Os Shunga eram elaborados por artistas ukiyo-e, uma nova técnica de pintura desenvolvida no período Edo e é caracterizada por se apresentar na forma de livros e estampas de cariz popular. Todos os grandes artistas desse período produziram Shunga, até porque, para muitos, era a única forma de garantirem a sua sobrevivência, visto as produções individuais serem muito bem pagas. Ultamaro (1753-1806) e Hokusai (1760-1849) foram artistas japoneses de primeiro plano e assinaram muitas “imagens da Primavera”. A impressão a cores apareceu apenas em 1765; todos os Shunga policromáticos anteriores a esta data eram feitos individualmente.


Características

Estas gravuras representam cortesãs, símbolos de beleza e sensualidade e também actores de kabuki. O tema é sempre a sexualidade, representada nas suas mais diversas vertentes : a sedução, a heterosexualidade e a homossexualidade.

É também de notar que as personagens nunca estão completamente nuas; as suas roupas permitem identificar a classe social para além de que, no Japão, a nudez não era considerada erótica. Também é de referir a desproporção dos órgãos genitais, esses sim, de um modo geral bem visíveis.

Os rostos das personagens representadas são expressivos, tanto no olhar como nos movimentos, o que revela a grande sensibilidade do artista. As posições adoptadas são fantásticas e irrealistas, assim como os orgasmos e os órgãos sexuais.


O Shunga e a Europa

A influência destas gravuras viria a influenciar, na época, os jovens pintores Europeus. De entre os artistas mais sensíveis à arte Shunga encontram-se Manet, Monet, Van Gogh, Toulouse-Lautrec e Gustave Klimt. É provavelmente na pintura deste último que vamos encontrar uma maior influência das "imagens da Primavera".

Com a chegada da fotografia e a abertura do Japão ao mundo, na época Meiji (1868-1912), chegou o fim do Shunga. Estas imagens são mais do que simples imagens sexuais, pois elas revestem-se de grande mestria e sensibilidade artística.



Fonte consultada e fotos: BNF-Bibliothèque Nationale de France





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